sábado, 31 de julho de 2010

A Volta Pra Casa.

Acordei por volta das 6:30hs da manhã pois ainda teria de fechar minha mala para o retorno ao Brasil. O João e o Erick ainda estavam morgando da noite no bar quando comecei a organizar minhas coisas. Tínhamos que sair cedo do albergue pois o vôo sairia às 11:05hs do aeroporto local. Combinamos de partir dali no máximo às 9:00hs da manhã.

Consegui finalizar tudo bem antes do horário combinado e decidi esperar por eles no lounge. Seria a última chance de mandar algum recado pela internet do albergue e ainda filar um pouco do café da manhã. Aproveitei também pra escrever os últimos posts do blog e, quando me dei conta, já faltavam 10 minutos pra nossa saída do local.

Tratamos de fechar a conta, chamar um táxi e partir em direção ao aeroporto. O vôo acabou atrasando um pouco e isso nos deu a oportunidade de encontrar uma das amizades que fizemos no albergue. Daniel era um jovem da cidade de Quilmes (a mesma da cerveja) e tinha passado todo esse período no mesmo quarto que a gente. O vôo dele era pra ter saído no dia anterior, mas acabou cancelado e o embarque remarcado para o mesmo horário do nosso. Aproveitamos pra bater mais umas fotos de recordação, antes da partida.

Chegamos em Buenos Aires por volta de 13:30hs. De imediato fomos à procura do balcão da companhia aérea local (LAN) pois a nossa conexão estaria em cima da hora! Tínhamos de embarcar no vôo de 14:40hs para São Paulo e os avisos eram de que o Check-in para o mesmo já teria sido fechado. Nos separamos e o João foi cuidar do checkin enquanto eu e o Erick buscávamos as bagagens. Por pouco não tivemos de embarcar separadamente! Mas, depois de muita correira, tudo deu certo e conseguimos pegar o vôo juntos de volta pra casa.

Em Guarulhos a situação estava bem mais calma. Tínhamos uma janela de quase 6 horas entre um vôo e outro! Tentei ainda correr atrás da TAM pra conseguir um adianto nesse horário, mas foi fracassada a tentativa. Isso nos deu tempo pra lanchar um pouco, compilarmos todas as fotos em um só conjunto de arquivos e trocarmos de roupa (já que o clima estava BEM diferente do que vínhamos enfrentando nos últimos dias).

Chegando em Brasília, fomos rapidamente deixar o Erick e logo depois foi a minha vez.

No geral, foi um período maravilhoso que passei com os meus amigos em Bariloche! É uma viagem que recomendo demais a quem queira curtir um pouco da neve e esqui na montanha. Acho que conseguiria aproveitar tudo isso em menos dias também. Mas o período acabou sendo proveitoso para relaxar e não se preocupar com mais nada além das opções gastronômicas do dia.


Espero que tenham gostado de mais esse diário de bordo. Em breve, publico o endereço para as fotos dessa aventura. Comentários são sempre bem vindos e espero revê-los por aqui nas próximas vezes também...;)

sexta-feira, 30 de julho de 2010

A Última Descida...

Após um longo e tedioso período de filmes e mais filmes no lounge do albergue, fomos ao nosso último encontro com as trilhas de esqui do Cerro Catedral.

O dia amanheceu ainda meio chuvoso. Na verdade, durante toda a noite havia nevado. Agora pela manhã, contemplávamos apenas a neve ao derreter nos vidros dos carros. Isso era um bom sinal pois o Cerro estaria também com sua neve renovada para o dia.

Nos organizamos para sair o mais cedo possível dessa vez. A minha intenção era buscar as trilhas mais altas do Cerro, mas infelizmente elas não estariam disponíveis nesse dia (por conta da alta quantidade de neve no topo da montanha).

Ficamos nas trilhas já conhecidas. Todos nós já estávamos bem mais familiarizados com as pranchas. Dessa forma, pude aproveitar ao máximo a neve mais fofa e gostosa que cobria toda a montanha. Foi um sensação incrível esquiar nesse ambiente!

Passamos o dia todo a descer por essas trilhas e registrar os melhores momentos. Seria o momento ideal para tanto e voltamos com muitas fotos e vídeos desse período. Registramos tanto os acertos quanto os erros. Diversão garantida e muito frio também!

Pegamos várias nevascas ao longo do dia. Em alguns momentos, não havia visibilidade nenhuma à frente! Víamos apenas os vultos dos outros esquiadores e nem mesmo o chão você conseguia distinguir onde começava ou terminava.

O Erick acabou se esgotando mais cedo e decidiu descer pelo teleférico. Lancei o desafio ao João, que ainda não havia descido até a base da montanha apenas esquiando. Foi só aí que eu percebi que tinha esquiado todos os dias do topo à base da montanha!

Descemos pela trilha mais íngreme e irregular que constava no mapa. Era um paredão de neve com cerca de 800 metros de extensão. Em sua grande parte, era impraticável para as pranchas de snow! Descíamos praticamente freiando por todo o caminho. Mas tanto o visual, quanto o desafio, compensavam demais tamanho esforço.

Chegando à base da montanha, ainda brincamos um pouco mais na área destinada aos iniciantes. Com certeza o nosso nível de habilidade já estava bem mais desenvolvido que o apresentado no início da semana, e isso fez com que tentássemos umas graças ao final do passeio.

Tão logo encontramos o Erick, partimos a devolver o equipamento alugado e procurar o transporte mais rápido de volta ao albergue. A noite ainda nos aguardava com uma orgia gastronômica no Boliche do Alberto, para comemorarmos os feitos do dia e todo esse período de diversão e descanso em Bariloche.

Tão logo terminamos o jantar, voltamos ao albergue pra curtir um último DVD no lounge. Cai de sono alí mesmo entre o conforto das grandes almofadas que se encontravam à disposição. A última coisa que me lembro foi o João me avisando pra ir dormir no quarto pois ele e o Erick estariam no bar.

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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Bike Addict...=)

Passamos por mais três dias de descanço forçado. Além das dores musculares, o clima (que era de chuva constante) também não colaborou muito com os nossos planos. Aproveitamos pra conhecer um pouco mais dos arredores do Albergue.

E eis que eu encontro algo que vale uma menção honrosa por aqui. Uma pequena bikeshop chamada Club Divertite. Administrada por um simpático rapaz chamado Javoo, a lojinha era uma pérola pra qualquer amante das vertentes mais extremas do mountain bike.

Representante das marcas Fox, UMF, Giro, Truvativ, SRAM, Merida e FSA. Pude encontrar algumas peças que estava à procura pra minha bike, além de fazer um excelente contato para a temporada de verão por aqui.

Javoo nos explicou que, durante os meses de Janeiro e Fevereiro, o Cerro Catedral se torna um imenso bikepark que não deve em nada aos grandes nomes do gênero. Com um ingresso diário custando $50,00 pesos, a opção se tornou ainda mais atraente! Busquei o máximo de informações com ele para organizar um movimento em Brasília de invasão de mais esse point do ciclismo extremo mundial.

Ao final do nosso encontro, Javoo ainda nos mostrou alguns truques de mágicas com cartas. Além de dono de bikeshop e atleta de trial, o sujeito ainda se dispõe a animar eventos e dar aulas de mágica nas horas vagas. Foi realmente um momento muito gostoso da viagem...=)


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segunda-feira, 26 de julho de 2010

Surfando na neve...=)

O dia começou preguiçoso. Meus parceiros de viagem estavam ávidos por mais neve enquanto eu ainda queria um dia pra me recuperar completamente. Saímos juntos pela manhã mas eu ainda buscava a empolgação pra encarar alguma atividade pesada naquele dia.

Fomos rapidamente ao centro de lojas, onde o João estava interessado em adquirir uma calça de esqui. Eu também queria comprar algo do tipo, mas dependia do preço pois acho que dificilmente iria utilizá-la no Brasil. Ele já havia pesquisado alguns preços no dia anterior de forma que fomo direto à loja da marca Montagne, que apresentava a melhor oferta em termos de custo/benefício.

Acabei me empolgando com alguns modelos por lá e saímos os dois com o novo equipamento pra encarar o dia. Era uma manhã de sol e pouco vento, o que favoreceu a minha decisão de encarar o resto daquele dia na montanha. Mesmo não me sentindo completamente recuperado para tanto.

Chegamos tarde à base do Cerro Catedral. Enquanto eu cuidei de comprar as entradas com o João, o Erick foi atrás de uma melhor oferta no aluguel da bota, prancha e do armário onde deixaríamos guardados nossos pertences pessoais.

Depois de um certo atraso nesse processo, conseguimos pegar o teleférico por volta das 14:30hs. Dessa vez nos aventuramos por um outro lado da montanha. As trilhas iniciais me pareceram mais intimidadoras. Entretanto, nessa face, conseguiríamos chegar às trilhas mais fáceis da estação, além do Snow Park.

Chegando ao final do teleférico, o João decidiu partir sozinho em busca do Snow Park e suas rampas. Enquanto isso, eu e o Erick descemos a montanha em busca de caminhos mais fáceis pra nos acostumarmos um pouco mais com o controle da prancha no gelo.

Começamos juntos mas acabamos nos separando novamente. Eu estava me sentindo bem mais à vontade com a condução da prancha e acabei me distanciando, à medida que me aventurava nas interconexões das trilhas. Encontrei outros grupos durante o caminho e tentei manter sempre o ritmo com os mesmos. Dessa vez os tombos foram bem menos frequentes, mas não menos traiçoeiros.

Havíamos combinado de nos encontrar ao final do dia na porta da loja de aluguel de equipamentos. Era por volta de 16:30hs quando eu ainda arrisquei pegar o teleférico pras trilhas já conhecidas por nós. Consegui chegar ao topo à tempo de encarar uma última descida. Dessa vez por um novo trajéto que, apesar de mais rápido, foi o mais íngreme e perigoso que eu havia visto até então!

Aproveitei o ritmo mais lento na descida pra tirar boas fotos do lugar. Em certos locais, o declive era tão grande que os esquiadores chegavam a descer passo a passo, como se estivessem em uma escada mesmo! Levei o snow bem devagar por essas encostas, tentando sempre aliviar a descida e a velocidade do percurso. Só imaginava o precinho que as minhas pernas iriam cobrar no outro dia...=)

Enfim consegui chegar novamente à base da montanha. Dessa vez encontrei o pessoal já no social com outras amizades que havíamos feito no albergue. Tão logo entregamos todo o equipamento, partimos a buscar os taxís de volta pra casa.

A fila estava grande até mesmo pra esse tiponde transporte. Ficamos fazendo hora num Pub à base da montanha e contando as aventuras de cada um naquele dia. Apesar de não ter planejado aquilo, acabei me divertindo bastante também.

Tão logo nos foi possível, desenrolamos o transporte de volta e fomos direto ao nosso restaurante favorito por aqui (Rock Chicken). Energias repostas, uma enroladinha a mais no bar do albergue e cama que ninguém é de ferro!

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Location:Salta,San Carlos de Bariloche,Argentina

domingo, 25 de julho de 2010

Descanso forçado...=\

Poucas foram as vezes em que eu tenha me lembrado de estar tão exausto quanto hoje! Doem todos os músculos e juntas! Não fazíamos idéia do quão extenuante seria a atividade do Snowboard. Pelo menos, eu não esperava tanto.

Das canelas aos antebraços a sensação era a de ter tomado uma surra de porretes. Calçar os sapatos já era um martírio, imaginem subir as longas escadas do Albergue!?

Definitivamente, o dia ficou pra descanso e aproveitamos o pouco do que nos restava de forças pra conhecer os arredores do albergue.

Muitas lojas de souvenir, artigos em couro e roupas de inverno. Encontramos uma praça onde figurava a estátua do que imagino ser um dos desbravadores da região. A praça toda estava pichada com cruzes e nomes do que pareciam ser pessoas que morreram e as datas do ocorrido. Abaixo da estátua, algumas palavras que não conseguimos tradução. Mas figurava um bom e velho "Genocida" pra nos deixar claro o motivo de todo esse protesto. Figura muito amada, deve ter sido esse sujeito!

Almoçamos alguma coisa pela rua e voltamos ao albergue pra curtir a tarde no lounge. Era um espaço muito aconchegante e eu precisava escrever os posts iniciais do blog, além de descansar essa velha carcaça.

A oportunidade se mostrou excelente pra também conhecermos alguns dos outros hóspedes dos lugar. A tarde estava bastante ensolarada, mas o frio não dava descanso seguido de uma forte ventania durante todo o dia. Isso fez com que muita gente ficasse pelo albergue mesmo. Lá pelas tantas, fizemos amizade com algumas simpáticas argentinas e jogamos UNO por umas boas horas.

Foi um período agradável e bem relaxante, mais do que necessário devido às nossas condições físicas. No bate papo com os outros hóspedes, conseguimos uma boa dica pro jantar. O Boliche do Alberto é uma espécie de cantina muito conhecida e procurada pelos turistas. Ela abre às 20:00hs e, nos foi avisado que, se chegássemos a poucos minutos além desse horário já entraríamos na fila de espera!

Eis que os fatos eram verdadeiros. Conseguimos uma mesa assim que chegamos, mas em poucos instantes já haviam famílias inteiras esperando para desfrutar da culinária do local. E realmente eles fazem jus à fama! Saboreamos um autêntico bife de chorizo argentino, acompanhando de fritas e salada. Um pouco mais caro do que estávamos nos acostumando, mas valeu cada centavo.

Após este saboroso jantar, a única coisa que eu queria era uma boa noite de sono. Ainda esticamos um pouco no Wilkenny, mas logo o cansaço tomou conta de todos. Voltamos ao albergue para dormir e nos preparar para outro dia na estação de esqui.

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Location:San Martin,San Carlos de Bariloche,Argentina

sábado, 24 de julho de 2010

Achievement Unlocked - "Conquer the Mountain"

Foi em torno das 9:00hs da manhã que acordamos para nos preparar para o primeiro dia na estação de esqui. Tentei desenrolar ao máximo o café da manhã e o banho, mas só fomos sair mesmo por volta de 11:00hs. Pegamos o ônibus até o Cerro Catedral onde iríamos curtir umas das melhores experiências da minha vida!

Logo na base da montanha dava pra sentir a imponência daquela formação natural. Muita neblina, e clima pra lá de frio, que nada abalavam a empolgação de toda uma leva de frequentadores. Fomos logo à procura de um local para o aluguel dos equipamentos. Depois de poucos minutos de pesquisa, fechamos em duas lojas o aluguel da calça, óculos, pranchas e botas para a prática do snowboard. O Erick deu conta das entradas para todos e logo estávamos na fila para o teleférico que nos levaria montanha acima.

Só foi no momento em que eu coloquei a prancha pela primeira vez travada entre as pernas que percebi o quanto o dia iria me reservar de adrenalina. A neve é algo muito lindo de se ver, mas cheia de peculiaridades a serem respeitadas. Apesar dos meus antecedentes com o skate, snowboard era um desafio e tanto! Tive de reaprender completamente o que significa equilíbrio em cima de uma prancha num ambiente como aquele. Foi um momento inicial marcado de muita frustração, tombos e apreenssão, pois não queria que nada de mais sério me acontecesse naquele momento.

Após esse período inicial de familiarização, decidi que precisava de uma área maior de escape pra tentar me movimentar com maior liberdade. As áreas próximas aos teleféricos são sempre muito lotadas de outros esquiadores, e eu temia que a falta de habilidade naquele terreno me levasse a algum acidente com essas pessoas. Subimos a um outro ponto intermediário da montanha, onde a descida seria mais livre, mas também mais longa.

Uma vez por lá, conseguimos espaço e com isso pude aprender BEM mais sobre a movimentação em cima daquela pranchona. Claro que os tombos começaram a acontecer a uma velocidade bem maior também. Mas até que consegui absorver um pouco dessa dinâmica também e evitar maiores consequências. Descemos até outro ponto intermediário da montanha pra pegar o teleférico que iria nos levar até o ponto mais alto da mesma.

Chegando por lá, decidimos parar um pouco pra cuidar da alimentação e hidratação. Já era por volta das 16:00hs e a estação fecharia à 17:00hs. Comemos rapidamente e descemos com o combinado de que nos encontraríamos na entrada do teleférico principal. Cada um partiu por uma trilha diferente, mas calculamos mal o tempo decorrido no lanche e acabamos saindo poucos minutos antes da fechada das pistas. O Erick e o João ainda foram barrados pelos funcionários do Parque, mas eu ainda furei esse bloqueio (inadvertidamente) e fui acabar perdido em uma trilha que seguia por entre os bosques da montanha.

Fiquei um tanto assustado com essa situação pois, além da falta de habilidade na prança, desconhecimento total do local e falar pouquíssima coisa em espanhol, estava completamente exausto para essa última descida. Acabei tirando a prancha descendo a montanha à pé por vários trechos. A paisagem também era algo de bastante exótica! Com muitas árvores completamente cobertas pela neve e veios de riachos onde a água era ainda mais gelada que o ambiente em sua volta. Foi uma experiência ao mesmo tempo assustadora, tensa mas completamente fantástica pra esse que vos escreve.

Após muitas horas de caminhada/boarding, consegui avistar os últimos esquiadores que ainda desciam a montanha por uma trilha principal mais à frente. Tratei de juntar minhas últimas forças pra encaixar a prancha nos pés e descer aquele trecho mais rápido. Por sorte, consegui chegar inteiro na estação e fui rapidamente de encontro ao pessoal que já me esperava dentro da loja de equipamentos. Eles avisaram que me viram furar o bloqueio mas não tiveram muito tempo de avisar pois foram barrados pelo pessoal do Parque para a descida.

No fim das contas, conseguimos entregar tudo à tempo de volta do aluguel. O Erick ainda chegou a comentar que a trilha pelo bosque era uma das mais difíceis, segundo os mapas da estação. Chegamos de volta ao albergue ainda com tempo para pegar o jantar. Apesar da oferta, não nos agradou muito o cardápio e decidimos sair para tanto. Após o lanche, voltamos a curtir um pouco da bebida do Wilkenny, onde o sono nos rendeu de volta ao albergue para um merecido descanso.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

40 horas Virados no Zetél...o.O

Era perto das 20:00hs quando o Erick ligou avisando que iria dormir aqui em casa até a hora do vôo. Teríamos de sair ainda de madrugada para o aeroporto, e isso fez com que todos se movimentassem para que a "operação madrugada" desse certo. A Ana iría nos levar e todos deveriam estar no carro ás 3:00hs em direção ao embarque para São Paulo.

Dessa maneira, decidi que não iria dormir essa noite. Meu horário de sono já é completamente bagunçado e, se pregasse o olho por volta de 1 ou 2 da madruga, dificilmente conseguiria levantar inteiro para a viagem. Melhor virar a noite acabando de organizar a mala enquanto botava o papo em dia com o Erick em casa. Ele chegou por volta das 21:00hs e isso ainda nos deu tempo de um bom jantar com o João e o Jorgenson pra controlar a ansiedade da partida.

Fizemos o Checkin no horário previsto. Ainda no aeroporto, o Erick nos apresentou um outro amigo dele que estava indo para Bariloche no mesmo período que a gente. O André me pareceu um cara bem simpático, mas infelizmente ele iria ficar em outro albergue diferente do nosso. Ficamos de combinar um encontro na estação de esqui, caso desse certo as agendas.

O vôo até São Paulo foi bem tranquilo. Aproveitei pra tirar um cochilo durante toda a viagem. Na verdade isso iria se repetir por todo o trecho aéreo. Eram os poucos momentos que tive pra repor um pouco da noite não dormida. Chegando em Guarulhos, nos encontramos novamente com o André e fomos repor algumas coisinhas que cada um esqueceu de abastecer em sua bagagem.

Tudo estava correndo bem até então quando, na passagem pela Federal ainda em Guarulhos, percebi que o meu horário de embarque estava diferente do resto do pessoal. Na remarcação das passagens, a atendente deve ter nos separado entre os vôos. E isso porque havíamos pedido especificamente que nos mantivessem sempre nas mesmas aeronaves! Bola fora da Submarino Viagens! Isso nos causou uma certa confusão na hora do embarque, mas ficamos de nos encontrar em Buenos Aires normalmente. Com uma hora de diferença pra cada grupo...=\

O Erick ainda conseguiu embarcar no mesmo vôo que eu. Com isso, descemos em Buenos Aires procurando um bom ponto pra descansar e esperar pelo André e o João que ainda viriam de Guarulhos. Após uma hora de espera, descobrimos que ainda havia um outro ponto de desembarque no aeroporto de Ezezia. Corremos para esse portão pois seria lá que desembarcaria o vôo onde nossos amigos se encontravam. No fim das contas, o João ainda veio nesse horário mas o André chegaria em outro horário. Decidimos seguir com o nosso cronograma sem o André mesmo (que já não fazia parte do planejado desde o início).

Seguimos para o Aeroparque Jorge Newbery, onde embarcaríamos no vôo local para Bariloche. A decolagem estava prevista para 19:10hs e tínhamos programado uma folga de 6 horas entre esses vôos para conhecer um pouco de Buenos Aires também. Feito os checkins no Aeroparque, nos dirigímos para a Calle Florida pra conferir as ofertas das lojas por lá, além de buscar algo pra almoçarmos. É uma rua onde se encontra boas ofertas em quase todo tipo de coisa. Meio que um outlet à céu aberto. Muitas ofertas em roupas de couro e inverno, mas nada que me chamasse muita a atenção. O Erick ainda conseguiu encontrar um carregador pra sua máquina fotográfica (peça que ele havia perdido a alguns dias), mas fora isso, foi só o tempo de comermos uns sanduíches no Burguer King e corrermos de volta para o embarque ao nosso destino final.

Chegamos em Bariloche por volta das 23:00hs. Aeroporto pequeno de uma cidade pequena. Enquanto buscávamos os casacos pra enfrentarmos o frio intenso que nos atacou logo na saída das aeronaves, perdemos todas as oportunidades de taxís que estavam de bobeira na saída do desembarque. Com isso, tivemos de chamar por um serviço de motoristas que demorou para chegar. Após cerca de uma hora, conseguimos bater à porta do albergue onde estavam feitas as reservas.

O local era bem tranquilo mas esse dia ainda não iria terminar por ali! Largamos logo as bagagens no quarto e saímos pra curtir um pouco daquela noite de sexta na cidade de Bariloche. Na passagem pra um dos bares recomendados pelo pessoal do Albergue, conhecemos uma simpática garota que também estava de saída pra um Pub local. Shandra era uma brasileira que estava a alguns dias em Bariloche e já nos passou boas dicas de locais pra badalação.

Fomos todos ao Wilkenny, um simpático pub bem próximo ao nosso albergue. Entre um sorriso e outro, conseguimos curtir a boa bebida e o clima do local. Nada de muito diferente do que encontramos em Brasília, apesar do frio que cortava lá fora. Depois umas boas horas de badalação, demos por encerrada essa jornada e fomos descansar porque o dia de amanhã nos reservava tudo o que viemos procurar por essas terras.

E que fique registrado que foi algo próximo a 40 horas de muita bagunça...=P